Pe.Laguerie (IBP) e os Mistérios Luminosos
Uma
das respostas mais divertidas das quais o superior do novo Instituto
Bom Pastor escreveu em seu Website foi a respeito dos mistérios novos do
Rosário recomendado pelo então Sumo Pontífice, Papa João Paulo II. Uma
senhora tinha lhe escrito, pedindo sua opinião sobre os novos mistérios e
se o Rosário deveria ser condiderado com 4 mistérios ou 3. Para o
benefício daqueles que são lingüìsticamente Extra-Galliam, uma tradução será fornecida, embora deva se lembrar que esta tradução não é official.
"Cara
Madame Patout, Eu não tenho nenhuma dúvida que poderia haver um grande
lucro em meditar os Mistérios Luminosos, tais como a Transfiguração na
Mt. Tabor, ou a união em Caná; que riquesa realmente encontramos nestas
sublimes páginas de nossos Evangelhos.
Mas
por que esses e não outros ainda? Eu poderia fàcilmente inventar para
você os mistérios "angélicos" (o anjo de Zacarias, o anjo ou os anjos de
São José, o anjo do pool de Siloe, o anjo consolador da Paixão, etc..)
ou os Mistérios "aquáticos" (a água do Jordão, a água de Caná, o andar
sobre a água, da tempestade acalmada, de Siloe outra vez, etc..) E
também os Mistérios "femininos" (a mulher samaritana, a mulher adúltera,
Madalena- não confundam com a mulher precedente, a esposa de Pilatos,
de Chusa, Herodíadas).
Mas
como os provérbios de Solomão dizem, "não mova a pedra da fronteira
estabelecida pelos antigos." Mudando o recanto da piedade, desanima os
piedosos a melhor promovê-las.
Numa
mão, temos os mistérios mantidos no nosso Rosário Tradicional que foram
baseados em Revelações de Santos como São Domingos, e pela própria
Sempre Virgem Mãe de Deus.
Na
outra, estes mistérios são obviamente escolhidos para serem aqueles de
nossa Redenção, e representam nesta consideração, verdadeiramente um
pequeno "masterpiece" da síntese teológica.
Por
todas estas razões e outras mais, deixe nos manter, nosso Rosário como
ele é; e deixe nos tentar contudo, ser cada vez mais fiel a ele."
O
Padre indica algo que é negligenciado frequentemente. Mudando as coisas
que são parte ou parcelas de séculos de uma devoção religiosa , há o
perigo de se prejudicar a própria devoção. O Rosário é uma devoção que
está enraizada nas práticas dos Católicos. É um oração "confortável" no
mesmo sentido que nossa casa é confortável. Há um sentimento da
segurança nas devoções que viraram parte da nossa própria identidade.
Mudar estas coisas é introduzir um sentido de inquietude. Alguns poderão
entender que nem mesmo o Rosário é seguro; que está sempre aberto à
modificação, e assim ele perde o sentimento daquela "segurança caseira"
que um dia ele teve. Esta mesma atitude de "atualizar" que vem sendo
vista na piedade Católica. É o resultado da teoria da devoção ao invés
da prática, dos homens e mulheres que falam sobre a devoção ao invés de
permitir adentrar a devoção no coração de sua vida espiritual.
Este
aspecto, embora importante, diminui de alguma forma a grande
importância de Nossa Senhora, pois foi ela própria que entregou-nos a
recitação do Rosário. Foi um presente do Céu para o salvação das almas,
com muitas graças prometidas àqueles que empregam-o fielmente. Quem
somos nós para "melhorar" uma oração dada pelo Céu? Os Mistérios
Luminosos contém alguma beleza; afinal, são encontrados nos Evangélios e
são parte da Revelação. Mas não seria mais sábio talvez introduzir uma
nova Ladainha/etc baseado nestes Mistérios ao invés de mudar uma oração
tão importante como o Rosário? Há Ladainhas das sete dores, das sete
alegrias de Nossa Senhora, entre outros. Uma nova Ladainha poderia ter
sido introduzida para ver que frutos elas traríam, sem ter assim que
"atualizar" qualquer coisa. Mas alás que não foi assim como as
coisas foram feitas. O Rosário é o Salmo de Nossa Senhora, o Salmo dos
humildes: 150 Ave Marias para os 150 Salmos. 200 Ave Marias não
simboliza qualquer coisa. O conselho que Pe. Laguerie dá é sábio:
Deixe-nos prender ao Rosário que temos, e deixe-nos ser fiéis a ele.
Trad. Brother Pius [V]
Nenhum comentário:
Postar um comentário