A Missa Nova é inválida
A Revolução Litúrgica
por Ir. Miguel Dimond e Ir. Pedro Dimond
“Em
verdade, se a ruína da liturgia houvesse sido confiada a um dos demónios de As
Cartas de um Diabo a seu Aprendiz de C. S. Lewis, ele não poderia ter
feito melhor.”1
A NOVA MISSA vs. A MISSA TRADICIONAL
A Missa latina tradicional, o acto de culto mais
sagrado do Rito Romano da Igreja Católica, foi codificada pelo Papa São Pio V
em sua bula Quo primum em 1570.
O Papa São Pio X a celebrar a Santa Missa
Em sua famosa bula Quo primum, o Papa
São Pio V proibiu a alteração da Missa latina tradicional.
Papa São Pio V, Quo primum
tempore, 14 de Julho de 1570:
“Pois bem: a fim de que todos abracem e
observem em todas partes o que lhes fora transmitido pela sacrossanta Igreja
Romana, Mãe e Mestra das demais Igrejas, no futuro e pela
perpetuidade, proibimos que se cante ou se recite outras fórmulas
que não aquelas em conformidade com o Missal editado por Nós... Assim
pois, que absolutamente a nenhum homem seja lícito infringir, nem por temerária
audácia opor-se a esta página de Nossa permissão, estatuto, ordenação, mandato,
preceito, concessão, indulto, declaração, vontade, decreto e proibição. Mas se
alguém, contudo, se atrever a atentar contra estas disposições, saiba que
incorrerá na ira de Deus omnipotente e dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e
Paulo.”2
No dia 3 de Abril de 1969, Paulo VI substituiu a
Missa latina tradicional nas igrejas do Vaticano II pela sua própria criação, a
Nova Missa ou Novus Ordo. Desde então, o mundo tem presenciado o
seguinte nas igrejas do Vaticano II que celebram a Nova Missa ou Novus
Ordo:
Missa-palhaço, na qual o “sacerdote” veste-se como
um palhaço num absoluto escárnio de Deus…
… missa com um sacerdote vestido de Drácula; com uma camisa de futebol acompanhado por
animadoras; como um “cabeça-de-queijo”...
… a conduzir um Volkswagem pela nave lateral da
igreja enquanto as pessoas cantam hosanna. Foram realizadas Missas-discoteca…
… actuações de ginástica durante a Nova Missa;
Missas com balões; Missas de carnaval…
… Missas nudistas, nas quais tomam parte pessoas
escassamente vestidas ou nuas. O mundo viu Missas de malabarismo, nas quais um
malabarista actua durante a Nova Missa…
O mundo tem presenciado padres a celebrar a Nova
Missa com batatas “Doritos”;
… com refrigerantes; sobre uma caixa de cartão; com
bolachas; com chá chinês acompanhado por culto aos antepassados; com uma bola
de basket, com o padre a dribla-la sobre o altar; com um sacerdote a tocar um
solo de guitarra. O mundo testemunhou a Nova Missa com um sacerdote quase nu
enquanto dança à volta do altar ou fazendo outros abomináveis actos de
equilíbrio…
… o mundo viu a Nova Missa com padres vestidos com
vestimentas pagãs nativas;
… com uma menorah judaica colocada no altar…
… com uma estátua de Buda no altar; com freiras
fazendo oferendas a “deusas femininas”; com leitores e acólitos vestidos de
satanistas-voodoo. O mundo viu na Nova Missa um actuante vestido de smoking e a contar anedotas. O mundo tem visto
concertos de rock na Nova Missa…
… guitarra e polca na Nova Missa…
… uma Nova Missa de fantoches; uma Nova Missa onde
as pessoas se reúnem à volta do altar vestidas de demónios…
…uma Nova Missa onde as pessoas realizam danças
obscenas ao compasso de uma banda de percussão de metal. O mundo tem
presenciado uma Nova Missa onde as monjas vestidas de virgens pagãs fazem
oferendas pagãs…
O mundo também viu na Nova Missa a incorporação de
todas as falsas religiões. Houve Nova Missa budista…
… Nova Missa hindu e islâmica…
… Nova Missa onde judeus e unitários acendem velas
a falsos deuses. Há igrejas onde toda a congregação recita a missa com o
sacerdote.
… onde às vezes o sacerdote fala com as pessoas ao
invés de celebrar a Missa.
O que acabamos de descrever é apenas uma pequena
amostra do tipo de coisas que acontecem, em maior ou menor grau, em todas as
dioceses do mundo onde se celebra a Nova Missa. Nosso Senhor nos disse: “Pelos seus frutos os
conhecereis” (Mat. 7:16). Os frutos da Nova Missa são incalculavelmente
escandalosos, sacrílegos e idólatras. E isso porque a Nova Missa em si mesma é
uma Missa falsa e inválida, e uma abominação.
O senador americano pró-aborto John Kerry recebendo
a “comunhão”
Até mesmo uma organização que defende a
Nova Missa se viu obrigada a admitir o seguinte acerca da típica Nova
Missa — isto é, a Nova Missa que se celebra normalmente nas igrejas (até mesmo
sem considerarmos as abominações e os sacrilégios comuns que foram acima mencionados):
“A maioria das Novas Missas que assistimos… são festividades entusiásticas,
acompanhadas de aplausos da congregação, a música é atroz, os sermões são
vazios, e são irreverentes…”3
Quando a Nova Missa surgiu em 1969, os cardeais
Ottaviani, Bacci e alguns outros teólogos, escreveram a Paulo VI a respeito
dessa. Tenha em conta que o que eles disseram acerca da Nova Missa concerne à
versão latina, a chamada versão “mais pura” da Nova Missa. O seu estudo é
popularmente conhecido como A Intervenção Ottaviani. Este diz o
seguinte:
“A Novus Ordo [a Nova
Ordem da Missa] representa, tanto no seu conjunto como em seus detalhes, um
notável desvio da teologia católica da Missa tal como foi formulada na sessão
22 do Concílio de Trento.”4
Eles foram capazes de perceber claramente que a
versão Latina da Nova Missa foi um abandono marcante dos ensinamentos do
Concílio de Trento. Das doze orações do ofertório da Missa tradicional, apenas
duas foram mantidas na Nova Missa. As orações eliminadas do ofertório são as
mesmas que os hereges protestantes Martinho Lutero e Thomas Cranmer eliminaram.
A Nova Missa foi promulgada por Paulo VI com a ajuda de seis ministros
protestantes.
Os seis ministros protestantes que ajudaram a
conceber a Nova Missa foram os Drs. George, Jasper, Shepherd, Kunneth, Smith e
Thurian.
Paulo VI chegou mesmo a admitir ao seu bom amigo
Jean Guitton que a sua intenção em alterar a Missa era de torná-la
protestante.
Jean Guitton (um amigo íntimo de Paulo
VI) escreveu: “A intenção de Paulo VI em respeito à que é vulgarmente chamada
de ‘Nova Missa,’ foi de reformar a liturgia católica de tal modo que essa quase
coincidisse com a liturgia protestante. Houve, com Paulo VI, uma intenção
ecuménica de remover, ou, pelo menos corrigir, ou pelo menos relaxar o que era
‘demasiado’ católico na Missa, num sentido tradicional. E, repito, de aproximar
a Missa Católica da Missa Calvinista.”5
Paulo VI eliminou o que era demasiado católico na
Missa com o propósito de fazer da Missa um serviço protestante.
Um estudo dos Próprios e orações da Missa
Tradicional em oposição à Nova Missa, revela um massacre da fé tradicional. A
Missa tradicional contém 1182 orações. Cerca de 760 foram eliminadas
completamente na Nova Missa. Dos aproximadamente 36% de orações que restaram,
os revisores alteraram mais da metade antes de introduzi-las no novo Missal.
Portanto, apenas cerca de 17% das orações da Missa tradicional
se mantiveram intactas na Nova Missa. O que também chama a
atenção, é o conteúdo das modificações feitas às orações. Orações tradicionais
que descrevem os seguintes conceitos foram especificamente abolidas do Novo
Missal: a depravação do pecado; as ciladas da malícia; a grave ofensa do
pecado; o caminho para a perdição; terror face à fúria de Deus; a ira de Deus;
os golpes da Sua ira; o fardo do mal; as tentações; os pensamentos pervertidos;
os perigos para alma; os inimigos da alma e do corpo. Também foram eliminadas
as orações que descreviam: a hora da morte; a perda do céu; a morte eterna; o
castigo eterno; as penas e o fogo do Inferno. Foi dado ênfase especial em
abolir da Nova Missa orações que descrevem: o desapego ao mundo; as orações
pelos defuntos; a verdadeira fé e a existência da heresia; as referências à
Igreja militante, aos méritos dos santos, aos milagres e ao Inferno.6 Podemos
ver os resultados deste massacre da Fé Tradicional nos próprios da Nova Missa.
A Nova Missa está cheia de sacrilégios, profanações
e das mais ridículas abominações imagináveis, porque reflete uma falsa religião
que abandonou a fé católica tradicional.
A falsa religião que a Nova Missa reflete é uma das
razões do porquê de ela ser completamente vazia; é por isso que os seus frutos
são completamente desoladores, estéreis, e quase indizivelmente ruins. A
religião praticada nas igrejas onde a Nova Missa é celebrada é, pura e
simplesmente falando, um completo sacrilégio e uma oca celebração do homem.
Até Dietrich von Hildebrand, um apoiante da
religião do Vaticano II, disse o seguinte acerca da Nova Missa:
“Em verdade, se a ruína da liturgia
houvesse sido confiada a um dos demónios de As Cartas de um Diabo a seu
Aprendiz de C. S. Lewis, ele não poderia ter feito melhor.”7
Com a excepção de uma única genuflexão do
celebrante após a consagração, praticamente todos os sinais de reverência pelo
Corpo e Sangue de Cristo que caracterizavam a Missa tradicional, ou foram
abolidos, ou tornaram-se opcionais na Nova Missa.
Já não é obrigatório que os vasos sagrados sejam
dourados se não forem feitos de metal precioso. Os vasos sagrados, que apenas
as mãos ungidas do sacerdote podiam tocar, são agora segurados por todos.
Na Nova Missa, o sacerdote dá frequentemente
apertos de mão antes de distribuir as hóstias.8 A
Instrução Geral para a Nova Missa também declara que os altares já não precisam
ser de pedra natural; que o altar de pedra contendo as relíquias dos mártires
já não é necessário; que só um manto é requerido sobre o altar; que não é
necessário ter um crucifixo ou mesmo velas sobre o altar.9
Nem sequer um dos requisitos mandatórios
desenvolvidos durante 2000 anos para garantir que o altar tenha uma dignidade
apropriada foram mantidos na Nova Missa.
Quando os protestantes em Inglaterra se separaram
da Igreja Católica no século XVI, eles alteraram a Missa de modo a refletir as
suas crenças heréticas. Os altares foram substituídos por mesas. O latim foi
substituído pelo vernáculo. As imagens e ícones foram retirados das igrejas. O
Último Evangelho e o Confiteor foram suprimidos. A “comunhão”
passou a ser distribuída na mão. A missa passou a ser dita em voz alta e de
frente para a congregação. A música tradicional foi descartada e substituída
por música nova. Três-quartos do clero de Inglaterra aderiram ao Novo Serviço.
Isto é precisamente o que também ocorreu em 1969,
quando Paulo VI promulgou a Nova Missa, a Novus Ordo Missae. As
similaridades entre o Livro de Orações anglicano de 1549 e a Nova Missa são
surpreendentes. Um especialista observou que:
“A dimensão da separação entre a Novus
Ordo da Missa e a teologia do Concílio de Trento pode ser melhor apreendida
mediante a comparação das orações que o Concilium eliminou da
liturgia com aquelas eliminadas pelo herege Thomas Cranmer. A
coincidência não é apenas notável: é aterradora. Não pode, de facto,
ser uma coincidência.”10
De forma a enfatizar as suas crenças heréticas de
que a Missa não é um sacrifício, mas apenas uma refeição, os protestantes
removeram o altar e puseram uma mesa em seu lugar. Na Inglaterra protestante,
por exemplo, “Em 23 de Novembro de 1550, o Concílio Secreto ordenou que todos
os altares em Inglaterra fossem destruídos e substituídos por mesas de
comunhão.”11
Uma igreja do Vaticano II com uma mesa do tipo
protestante para a sua nova “Missa” protestante
protestante para a sua nova “Missa” protestante
Os principais hereges protestantes declararam: “A
forma de uma mesa afastará melhor o ingénuo das opiniões
supersticiosas da Missa papista para a utilização correcta da ceia do Senhor.
Pois o uso do altar é para que sobre ele se realizem sacrifícios; a função da
mesa é servir ao homem para cear.”12 O mártir
católico galês, Richard Gwyn, declarou em protesto contra essa mudança: “No
lugar de um altar há uma mesa miserável; no lugar de Cristo, há pão.”13
E São Roberto Belarmino observou que: “… quando
entramos nos templos dos hereges, onde não há nada excepto uma cátedra para a
pregação e uma mesa para cear, sentimo-nos a entrar num salão profano
e não na casa de Deus.”14
Tal como os novos ofícios dos revolucionários
protestantes, a Nova Missa é celebrada numa mesa.
O Livro de Orações Anglicano de 1549 era também
chamado de “A Ceia do Senhor e a santa Comunhão, comummente chamada de Missa.”15 Este
título enfatiza a crença protestante de que a Missa é apenas uma refeição, uma
ceia e não um sacrifício. Quando Paulo VI promulgou a Instrução Geral para a
Nova Missa, esta foi intitulada exactamente da mesma forma. Seu título era: “A
Ceia do Senhor ou Missa.”16
O
Livro de Orações anglicano de 1549 eliminou da Missa o Salmo “Julga-me, ó
Deus,” devido à sua referência ao altar de Deus. Este salmo
foi também suprimido na Nova Missa.
|
O
Livro de Orações anglicano de 1549 eliminou da Missa a oração que começa com
“Tirai de nós os pecados,” porque ela evoca o sacrifício.
A
oração que começa “Vos rogamos, Senhor,” refere-se às relíquias
no altar de pedra. Esta oração fora suprimida na Nova Missa.
No
Livro de Orações anglicano de 1549, o Introito, o Kyrie,
o Gloria, a Coleta, a Epístola, o Evangelho e
o Credo, foram todos conservados. Todas estas foram mantidas na
Nova Missa.
As
Orações do Ofertório que equivalem às seguintes orações: “Recebei, santo
Pai… Ó Deus, que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza
humana… Nós vos oferecemos Senhor… Em espírito de humildade… Vinde, ó Santificador,
omnipotente ... Recebei, ó Trindade Santíssima,” foram
todas suprimidas no Livro de Orações anglicano de 1549. Com excepção de dois
excertos, todas elas foram suprimidas na Nova Missa.
No
Livro de Orações anglicano de 1549, o diálogo “Corações ao alto,” o Prefácio e
o Sanctus foram todos conservados. Estes mantiveram-se na
Nova Missa.
|
O Cânon romano foi abolido pelo Livro de Orações
Anglicano de 1549. Ele foi conservado apenas como opcional na Nova Missa.
Os arqui-hereges da revolução protestante: Thomas
Cranmer (esq.) e Martinho Lutero (dir.)
Tanto Thomas Cranmer (o autor do Livro de Orações
Anglicano de 1549) como Martinho Lutero aboliram a oração “Livrai-nos,
Senhor” — provavelmente porque ela menciona a intercessão
de Nossa Senhora e dos santos. Apenas uma versão modificada desta oração foi
mantida na Nova Missa, sem a invocação dos santos. Também há que assinalar que
a oração do ofertório da Nova Missa, que começa com “Bendito sejais, Senhor,
Deus do universo,” foi tirada de uma oração de mesa judaica.17
De facto, o Novus Ordo Missae também
eliminou a oração tradicional de Sexta-Feira Santa pela conversão dos judeus.
Esta oração foi substituída por uma oração, não pela conversão dos judeus, mas
para que estes cresçam em fidelidade à Sua Aliança! Portanto, existe uma
expressão de apostasia precisamente na oração de Sexta-Feira Santa da Nova Missa.
É uma promoção do judaísmo e da heresia de que a Antiga Aliança ainda é válida.
Duas
diferentes orações de Sexta-Feira Santa pelos judeus
de duas religiões diferentes
de duas religiões diferentes
Na
Sexta-Feira Santa, a religião do Novus
Ordo reza: “pelo povo
judeu, para que Deus nosso Senhor, que falou aos seus pais pelos antigos
Profetas, o faça progredir no amor do seu nome e na fidelidade à
sua aliança.”
|
Mas a
Igreja Católica, na Sexta-Feira Santa, reza: “pelos pérfidos judeus, para
que Deus Nosso Senhor retire o véu de seus corações, a fim de que
reconheçam, junto com nós, a Jesus Cristo, como o
verdadeiro Messias.”
|
No Livro de Orações Anglicano de 1549, o
equivalente da oração que começa por “Que esta união e consagração do
Corpo e do Sangue,” foi abolida. É muito interessante que apenas uma
versão modificada desta oração tenha sido mantida na Nova Missa com a
importante palavra “consagração” eliminada.
O Livro de Orações Anglicano de 1549 abandonou a
disciplina do Rito Romano na distribuição da comunhão sob uma só espécie e deu
comunhão sob ambas espécies. Na Nova Missa, comunhão sob ambas as espécies é
distribuída em vários lugares do mundo.
A versão do Livro de Orações Anglicano de 1552
instruiu que a Comunhão deve ser dada na mão para significar que o pão é pão
ordinário e que o sacerdote não é diferente, em essência, do leigo.18
A Nova Missa dá a Comunhão na mão em quase todos os
lugares do mundo, e vai até mais longe que Cranmer ao permitir que os
comungantes recebam de pé a comunhão das mãos de um ministro leigo.
As orações da Missa tradicional que começam por “Fazei,
Senhor, que conservemos o que a nossa boca recebeu” e “Concedei,
Senhor, que vosso Corpo e vosso Sangue que recebi” fazem uma
referência explícita à presença real de Cristo na Eucaristia. Ambas foram
suprimidas na Nova Missa.
A oração que começa por “Seja-vos agradável,
ó Trindade santa, a oferta de minha servidão” foi a oração
pós-comunhão menos aceitável para todos os protestantes, porque faz referência
ao sacrifício propiciatório. Martinho Lutero, e Cranmer no seu Livro
de Orações Anglicano, suprimiram-na. Seguindo os seus passos, também foi
suprimida na Nova Missa.
Agora, acerca do Último Evangelho. Se o Último
Evangelho, que dá término à Missa tradicional, houvesse sido incluído na Missa
Nova, esse iria chocar com o padrão dos ofícios protestantes, que concluem com
uma bênção. Então não foi incluído na Nova Missa.
As orações após a Missa tradicional, as orações
leoninas, inclusive o Ave Maria; o Salve, Rainha; Oh
Deus refúgio nosso; a oração a São Miguel; e o apelo ao Sagrado Coração,
formam, na prática, uma importante parte da liturgia. Cinco orações menos
compatíveis com o protestantismo dificilmente poderiam ser imaginadas. Todas
elas foram suprimidas na Nova Missa.
Considerando tudo isto, até Michael Davies
concorda: “É incontestável que... o Rito Romano foi destruído.”19
Além do facto de a Nova Missa ser um serviço
protestante, também há de se considerar a inegável similaridade que as igrejas
da Novus Ordo têm com lojas maçónicas. Veja as fotos; esta é
uma loja maçónica:
e esta é uma igreja da Novus Ordo:
As duas são muitos semelhantes: o foco de ambas é o
homem, com a cadeira presidencial no centro e uma ênfase circular. Talvez isto
se deva ao facto de que o principal arquitecto da Nova Missa foi o cardeal
Annibale Bugnini, que era um maçom.
Annibale Bugnini, maçom e principal arquitecto da
Nova Missa
O “cardeal” Annibale Bugnini foi o presidente da
comissão que concebeu a Nova Missa de Paulo VI. Bugnini foi iniciado na loja
maçónica em 23 de Abril de 1963, de acordo com o registo maçónico de 1976.20
Além de todos estes problemas com a Nova Missa, há
um ainda maior. O maior problema da Nova Missa é o de não ser válida. Jesus
Cristo não está presente na Nova Missa porque a Nova Missa alterou as próprias
palavras da consagração.
A PROVA DE QUE A NOVA MISSA NÃO É VÁLIDA —
AS PALAVRAS DA CONSAGRAÇÃO
FORAM ALTERADAS
AS PALAVRAS DA CONSAGRAÇÃO
FORAM ALTERADAS
Diz-se que um sacramento é válido se este
efectuar-se. O sacramento da Eucaristia é válido se o pão e o vinho se
converterem realmente no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo. Para
que um sacramento seja válido, devem estar presentes a matéria, a forma, o
ministro e a intenção.
Papa Eugénio IV, Concílio de
Florença, 1439: “Todos estes sacramentos são feitos de três elementos: nomeadamente,
das coisas como matéria, das palavras como forma, e da
pessoa do ministro que confere o sacramento com a intenção de
fazer o que a Igreja faz. Se um destes estiver em falta, o sacramento
não é efectuado.”21
O problema com a validez da Nova Missa está na
forma, as palavras necessárias para consagrar o sacramento da
Eucaristia. A forma necessária para a consagração do sacramento da Eucaristia
no Rito Romano foi declarada pelo Papa Eugénio IV no Concílio de Florença.
Papa Eugénio IV, Concílio de
Florença, Cantate Domino, 1439:
“… a Santa Igreja romana, fundada na
autoridade e doutrina dos Apóstolos Pedro e Paulo… Na consagração do corpo, usa
esta forma de palavras: ISTO É O MEU CORPO; e
na do sangue: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, DO NOVO E ETERNO
TESTAMENTO: MISTÉRIO DE FÉ, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS PARA
REMISSÃO DOS PECADOS.”22
No decreto De Defectibus de São
Pio V, encontramos repetidas as mesmas palavras:
Papa São Pio V, De Defectibus,
capítulo 5, Parte 1:
“As palavras de consagração, que são a
FORMA deste sacramento, são estas: ISTO É O MEU CORPO; e: ESTE
É O CÁLICE DO MEU SANGUE, DO NOVO E ETERNO TESTAMENTO: MISTÉRIO DE FÉ, QUE
SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. Agora,
se alguém remover ou alterar o que seja na FORMA da consagração do Corpo e
Sangue, e nessa própria alteração das palavras a [nova] formulação falhar em
significar a mesma coisa, ele não consagrará o sacramento.”23
Este ensinamento aparece no início de todos os
Missais de altar Romanos de 1570 a 1962. Podemos ver que as mesmas palavras
mencionadas pelo Concílio de Florença, são declaradas como necessárias pelo
Papa São Pio V. É por isso que todas estas palavras de consagração aparecem em
negrito (destacadas) nos Missais de altar Romanos tradicionais. E esta é a
razão pela qual o Missal romano instrui o sacerdote a suster o cálice até que
tenham sido pronunciadas todas estas palavras.
O ensinamento do Papa São Pio V afirma que se as
palavras de consagração forem mudadas de forma a que o significado seja
alterado, o sacerdote não consagrará o sacramento. Na Nova Missa, as palavras da consagração
foram drasticamente mudadas e o significado foi alterado.
Em primeiro lugar, na versão em latim original da
Nova Missa foram removidas as palavras “mysterium fidei” ―
“mistério de fé” ― da fórmula da consagração. Isto causa uma grave dúvida,
porque “mysterium fidei” é parte da fórmula no Rito Romano. Apesar de as
palavras “mysterium fidei” não fazerem parte das fórmulas de consagração
de alguns ritos orientais, essas foram declaradas como parte do Rito Romano, e
encontram-se também em alguns ritos orientais. O Papa Inocêncio III e o Cânon
da Missa também nos dizem que as palavras “mysterium fidei” foram dadas
pelo próprio Jesus Cristo.
Papa Inocêncio III, Cum Marthae
circa, 29 de Novembro de 1202, em resposta a uma pergunta sobre a forma da
Eucaristia e a inclusão do “mysterium fidei”: “Perguntas quem adicionou
à forma das palavras que Cristo mesmo pronunciou quando transubstanciou o pão e
o vinho em Seu Corpo e Sangue, aquilo no Cânon da Missa utilizado pela Igreja
universal que nunca se leu escrito por nenhum dos Evangelistas… No
Cânon da Missa, aparece aquela expressão ‘mysterium fidei’ interposta
às Suas palavras… De certo, muitas são as coisas que vemos omitidas
pelos Evangelistas tanto das palavras como das acções do Senhor, que,
como se lê, os Apóstolos completaram com a palavra ou expressaram por acto…
Logo, cremos que a forma das palavras, tal como se encontram no
Cânon, os Apóstolos receberam de Cristo, e deles receberam os seus
sucessores.”24
As palavras “mistério de fé” na consagração são uma
clara referência à presença real de Cristo na Eucaristia. Estas palavras também
foram eliminadas pelo herege Thomas Cranmer em seu Livro de Orações Anglicano
de 1549, porque elas fazem uma clara referência à presença real de Cristo na
Eucaristia.25 Quando
palavras são removidas de um rito pelo facto de que o significado que elas
expressam contradiz o sentido desejado do rito, causa-se uma dúvida. Mais
poderia ser dito acerca deste assunto, mas devemos agora proceder ao golpe
fatal à validez da Nova Missa.
Em quase todas as traduções vernaculares da Nova
Missa no mundo, as palavras da consagração lêem-se como o seguinte:
FORMA
DE CONSAGRAÇÃO NA NOVA MISSA
“Isto é o meu corpo, que será entregue
por vós. Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que
será derramado por vós e POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS.”
As palavras “por vós e por muitos para
remissão dos pecados,” foram alteradas para “por vós e por todos
para remissão dos pecados.” A palavra “muitos” foi removida
e substituída pela palavra “todos.” Esta mudança invalida absolutamente todas
as Novas Missas. Em primeiro lugar, a palavra “muitos” foi
utilizada por Jesus Cristo na instituição do sacramento da Eucaristia, como
vemos em Mateus 26:28: “Porque este é o meu sangue do novo Testamento, que será
derramado por muitos para remissão de pecados.” As palavras
utilizadas por nosso Senhor, “por muitos para remissão de pecados”
representam a eficácia do sangue que Jesus derramou. O sangue de Jesus é eficaz
para a salvação de muitos, não de todos os homens. Na explicação
disto, o Catecismo do Concílio de Trento declara
especificamente que Nosso Senhor não quis dizer “todos” e portanto não o disse!
Catecismo do Concílio de Trento, Sobre a forma da Eucaristia, pág. 282:
“As palavras que se ajuntam ‘por vós e
por muitos,’ foram tomadas parte de São Mateus, parte de São Lucas. A Santa
Igreja, guiada pelo Espírito de Deus, coordenou-as numa só frase, para que exprimissem o fruto e a vantagem da Paixão. De
facto, se considerarmos sua virtude, devemos reconhecer que o Salvador derramou
Seu Sangue pela salvação de todos os homens. Se atendermos, porém, ao fruto
real que os homens dele auferem, não nos custa compreender que
sua eficácia não estende a todos, mas só a ‘muitos’ homens. Dizendo,
pois, ‘por vós,’ Nosso Senhor tinha em vista, quer as pessoas presentes, quer
os eleitos dentre os judeus, como o eram os Discípulos a quem falava, com
excepção de Judas. No entanto, ao acrescentar ‘por
muitos,’ queria aludir aos outros eleitos, fossem eles judeus ou
gentios. HOUVE, POIS, MUITO ACERTO EM NÃO SE DIZER ‘POR TODOS,’
visto que o texto só alude aos frutos da Paixão, e esta sortiu efeito salutar
unicamente para os escolhidos.”26
Como podemos ver, segundo o Catecismo do
Concílio de Trento, as palavras “por todos” não foram utilizadas por
nosso Senhor precisamente porque elas dariam um significado falso.
Santo Afonso de Ligório, Tratado
sobre a Santa Eucaristia:
“As palavras por vós e por
muitos são utilizadas para distinguir a virtude do Sangue de Cristo
dos seus frutos: pois o Sangue de Nosso Salvador tem valor suficiente para
salvar todos os homens, mas os seus frutos são aplicáveis apenas a um certo
número e não a todos, e isto por culpa deles próprios…”27
O uso de “todos” altera o sentido da forma da
consagração. Ninguém, nem sequer um papa, pode alterar as palavras que Jesus
Cristo instituiu especificamente para um sacramento da Igreja.
Papa Pio XII, Sacramentum
Ordinis, #1, 30 de Novembro de 1947:
“… a Igreja não tem poder algum sobre
‘a substância dos sacramentos,’ isto é, sobre aquelas coisas que, como
testemunham as fontes da revelação, o próprio Cristo Senhor instituiu para
serem observadas num sinal sacramental…”28
Uma vez que “todos” não significa o mesmo que
“muitos,” o sacramento não se realiza na Nova Missa.
Papa São Pio V, De Defectibus,
capítulo 5, parte 1:
“As palavras de consagração, que são a
FORMA deste sacramento, são estas: ISTO É O MEU CORPO; e: ESTE É O CÁLICE DO
MEU SANGUE, DO NOVO E ETERNO TESTAMENTO: MISTÉRIO DE FÉ, QUE SERÁ
DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. Agora, se
alguém remover ou alterar o que seja na FORMA da consagração do Corpo e Sangue,
e nessa própria alteração das palavras a [nova] formulação falhar em
significar a mesma coisa, ele não consagrará o sacramento.”29
UM
OUTRO ÂNGULO PARA ESTA QUESTÃO PROVA
ABSOLUTAMENTE QUE A NOVA MISSA É INVÁLIDA
ABSOLUTAMENTE QUE A NOVA MISSA É INVÁLIDA
Existe outro ângulo para a questão que devemos
examinar agora. Em sua famosa bula, Apostolicae Curae de 1896,
o Papa Leão XIII ensina:
Papa Leão XIII, Apostolicae
Curae, 13 de Setembro de 1896: “E todos sabem que os sacramentos da
Nova Lei, sendo sinais sensíveis e eficazes de graça invisível, devem
tanto significar a graça que produzem, e produzir a graça que significam.”30
Se não significar a graça que produz e não produzir
a graça que significa, não é um sacramento — ponto final. Portanto, qual é a
graça produzida pelo sacramento da sagrada Eucaristia?
Papa Eugénio IV, Concílio de
Florença, Exultate Deo, Sobre a Eucaristia, 1439:
“Finalmente, isto é apropriado para significar o efeito deste
sacramento, que é a união do povo cristão com Cristo.”31
São Tomás de Aquino, Summa Theologica,
Pt. III, Q. 73, A. 3: “Ora, como dissemos, a realidade deste
sacramento [da Eucaristia] é a unidade do Corpo Místico, sem a
qual não pode haver salvação, já que fora da Igreja não há salvação.”32
O Concílio de Florença, São Tomás de Aquino e
muitos outros teólogos ensinam que a graça produzida pela Eucaristia é a união
dos fiéis com Cristo. São Tomás chama esta graça de “a unidade do Corpo
Místico.” A graça produzida pela Eucaristia (a união dos fiéis com Cristo ou a unidade do Corpo
Místico) deve ser distinguida cuidadosamente
da própria Eucaristia: o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
Uma vez que a união dos fiéis com Cristo é
a graça produzida pelo sacramento da Eucaristia ― ou aquilo que é
chamado a realidade do sacramento ou a graça própria do sacramento da
Eucaristia ―, esta graça deve ser significada na forma da consagração para que
seja válida, como ensina o Papa Leão XIII. Bem, então devemos analisar a forma
tradicional da consagração e encontrar onde esta graça, a união dos fiéis com
Cristo, é significada.
A forma tradicional da consagração, como foi
declarada pelo Papa Eugénio IV no Concílio de Florença e pelo Papa São Pio V em De
Defectibus, é a seguinte:
“ISTO É O MEU CORPO. ESTE É O CÁLICE DO
MEU SANGUE, DO NOVO E ETERNO TESTAMENTO: MISTÉRIO DE FÉ, QUE SERÁ DERRAMADO POR
VÓS E POR MUITOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS.”
Note uma vez mais: estamos à procura daquela parte
da forma que significa que a pessoa que recebe dignamente este sacramento
une-se ou une-se mais fortemente com Jesus Cristo e o seu Corpo Místico.
As palavras “DO NOVO E ETERNO TESTAMENTO” significam
a união dos fiéis com Cristo/o Corpo Místico de Cristo? Não. Essas palavras não
significam o Corpo Místico de Cristo, mas contrastam os sacrifícios temporais e
prefigurados da Antiga Lei com o sacrifício eterno e propiciatório de Jesus
Cristo.
As palavras “MISTÉRIO DE FÉ” significam
a união dos fiéis com Cristo/o Corpo Místico de Cristo? Não. Estas palavras
significam a presença real de Cristo na Eucaristia, como ensina Inocêncio III;
elas não significam o Corpo Místico de Cristo.
As palavras “QUE SERÁ
DERRAMADO” significam a união dos fiéis com Cristo/o Corpo Místico
de Cristo? Não. Essas palavras denotam o verdadeiro sacrifício.
As únicas palavras que restam na forma da
consagração são: “POR VÓS E POR MUITOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS.”
A remissão dos pecados é
necessária para a incorporação no Corpo Místico, e a remissão
dos pecados é um componente indispensável da verdadeira justificação, pela
qual uma pessoa se une frutiferamente a Jesus Cristo. As palavras “por
vós e por muitos” denotam os membros do Corpo Místico que
receberam tal remissão.
As palavras “POR VÓS E POR MUITOS
PARA REMISSÃO DOS PECADOS” são as palavras na forma da
consagração que significam a união dos fiéis com Cristo/o Corpo Místico de
Cristo, que é a graça própria do sacramento da Eucaristia.
Agora, se analisarmos a forma de consagração da Novus
Ordo, encontraremos o que significa o Corpo Místico/a união dos fiéis com
Cristo (a graça própria do sacramento da Eucaristia)? Esta é a forma da
consagração na Nova Missa ou Novus Ordo:
A forma da Nova Missa: “Isto é o meu
corpo, que será entregue por vós. Este é o cálice do meu sangue, o sangue da
nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos para
remissão dos pecados.”
Está a união do Corpo Místico de Jesus Cristo significada
pelas palavras “por vós e por todos para remissão dos pecados”? Não. São
todos os homens parte do Corpo Místico? Não. São todos os homens parte dos
fiéis unidos com Cristo? Não. Podemos ver claramente que a Nova Missa ou Novus
Ordo certamente não significa a união do Corpo Místico (a graça
própria do sacramento da Eucaristia) e, logo, não é um sacramento válido!
Não é necessário dizer mais nada… a Nova Missa não
é válida!
Papa Leão XIII, Apostolicae
Curae, 13 de Setembro de 1896: “E todos sabem que os sacramentos da
Nova Lei, sendo sinais sensíveis e eficazes de graça invisível, devem
tanto significar a graça que produzem, e produzir a graça que significam.”33
Papa Leão XIII, Apostolicae
Curae, 1896: “A forma não pode ser considerada apta ou suficiente para o
sacramento se omite o que deve significar na sua essência.”34
Papa Eugénio IV, Concílio de
Florença, Exultate Deo, 1438: “... isto é apropriado para
significar o efeito deste sacramento, que é a união do povo cristão com
Cristo.”35
Para que se prove mais veementemente este ponto, há
que se notar que em todas as fórmulas de consagração nos ritos litúrgicos da
Igreja Católica, seja a liturgia arménia, a liturgia copta, a liturgia etíope,
a liturgia síria, a liturgia caldaica, etc., a união dos fiéis com Cristo/o
Corpo Místico está significada na forma da consagração. Nenhuma das liturgias
alguma vez aprovadas pela Igreja falha em significar a união dos fiéis com
Cristo.
Estas
são as partes das formas de consagração do vinho usadas pelos ritos orientais
que significam o que a Missa tradicional faz e o que a Nova Missa não faz: a
união e os membros da Igreja
A LITURGIA ARMÉNIA: “… por vós
e por muitos será derramado na expiação e perdão dos pecados.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são
significados pelas palavras “por vós e por muitos... na expiação e perdão
dos pecados.”
A LITURGIA BIZANTINA: “… porque
por vós e por muitos será derramado em remissão dos pecados.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são
significados.
A LITURGIA CALDAICA: “… derramado por
vós e por muitos em remissão dos pecados.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são
significados.
A LITURGIA COPTA: “… derramado por
vós e por muitos em remissão dos pecados.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são
significados.
A LITURGIA ETÍOPE: “… derramado por vós e por muitos em remissão dos pecados.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são
significados.
A LITURGIA DE MALABAR: “… derramado por vós e por muitos para a
remissão dos pecados.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são
significados.
A LITURGIA MARONITA: (esta
forma é idêntica à que foi sempre utilizada no Rito Romano).
A LITURGIA SÍRIA: “Isto é o Meu Sangue,
da Nova Aliança, que será derramado e oferecido para o perdão dos pecados e a vida eterna de vós e de
muitos.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são
significados pelas palavras “para o perdão dos pecados e a vida eterna de
vós e de muitos.”
Como podemos ver, a fórmula de consagração em todas
as liturgias católicas significam a união dos fiéis com Cristo/o Corpo Místico
de Cristo. A Nova Missa, que diz “por vós e por todos para remissão dos
pecados,” não significa o Corpo Místico, visto que nem todos pertencem ao Corpo
Místico. Portanto, a Nova Missa não significa a graça que a Eucaristia produz.
Ela não é válida.
Portanto, um católico não pode atender à Nova
“Missa” sob pena de pecado mortal. Aqueles
que persistem em fazê-lo cometem idolatria (adoração de um pedaço de pão).
Jesus Cristo não está ali presente. A hóstia da Novus Ordo não
é mais que um pedaço de pão; não é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso
Senhor. A Igreja sempre ensinou que receber um sacramento duvidoso (que utilize
matéria ou forma duvidosa) é pecado mortal. De facto, o Papa Inocêncio XI, no Decreto
do Santo Oficio de 4 de Março de 1679,36 condena
a ideia de que os católicos podem receber sacramentos “prováveis.” E a
Nova Missa não é meramente duvidosa, é claramente inválida, pois não significa
a graça que supostamente deveria produzir. A Nova Missa é, na verdade, pior que
um ofício protestante: é uma abominação, que falsifica as palavras de nosso
Senhor Jesus Cristo e a fé católica.
Nota: Nesta mesma altura durante a qual escrevemos
isto, surgiram alguns rumores de que o Vaticano, a fim de enganar novamente os
tradicionalistas e trazê-los para a falsa Igreja e a falsa Nova Missa, está a
planear corrigir o erro “por todos” na forma de consagração. O facto de o
Vaticano pretender fazer isso demonstra que “por todos” dá, como dissemos, um
significado falso. Mesmo se o fizerem, um católico deve continuar a evitar
todas as novas Missas sob pena de pecado mortal, porque a Nova Missa é, em si
mesma, um serviço não-católico; irá continuar a faltar na consagração as
palavras “mysterium fidei” e, em qualquer caso, a maioria dos
“sacerdotes” que a celebram não são validamente ordenados (como a secção
seguinte provará).

Notas
finais:
1 Palavras de Dietrich von Hildebrand, um
partidário da religião do Vaticano II que sentiu-se obrigado a fazer tal
declaração acerca da Nova Missa. Citado por Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, Kansas City, MO: Angelus Press,
1980, pág. 80.
2 Papa São Pio V, bula Quo Primum, 14 de Julho de 1570.
11 Warrem
H. Carroll, A History of Christendom, vol. 4 (The Cleaving of
Christendom), Front Royal, VA: Christendom Press, 2000, pág. 229
14 Octava
Controversia Generalis. Liber Ii.
Controversia Quinta. Caput XXXI.
15 Michael
Davies, Cranmer’s Godly Order, pág. 65.
16 Michael
Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 285.
17 Michael
Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 320.
20 Também discutido em Pope Paul’s New Mass, pp. 102; 504-505.
23 Uma tradução comum, encontrada em muitas
publicações das palavras em latim do missal romano do altar, em De Defectibus, cap. 5, parte 1.
26 The
Catechism of the Council of Trent, Tan Books, 1982, pág. 227; Catecismo
Romano, Editora Vozes Limitada, Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro,
1951, pág. 282.
28 Denzinger 2301.
29 Uma tradução comum, encontrada em muitas
publicações das palavras em latim do missal romano do altar, em De Defectibus, cap. 5, parte 1.
35 Denzinger 698.
Do livro: A Verdade sobre o que Realmente Aconteceu
à Igreja Católica depois do Vaticano II