junho 13, 2012
“Dizemos não”.
Mas, além deste sentido imediato da palavra “pompa do diabo”, queria se falar de um tipo de cultura, de um way of life, de um modo de viver, no qual não conta a verdade, mas a aparência, não se busca a verdade, mas o efeito, a sensação, e, sob o pretexto da verdade, na realidade, se destroem homens, quer-se destruir e criar somente a si mesmos como vencedores.
Então, esta renúncia era muito real: era a renúncia a um tipo de cultura que é uma anti-cultura, contra Cristo e contra Deus. Dizia-se contra uma cultura que, no Evangelho de São João, é chamada “kosmos houtos”, “este mundo”. Com “este mundo”, naturalmente, João e Jesus não falam da Criação de Deus, do homem como tal, mas falam de certa criatura que é dominante e se impõe como se fosse ‘este’ o mundo, e como se fosse este o modo de viver que se impõe.
Deixo, agora, cada um de vocês a refletir sobre esta “pompa do diabo”, sobre esta cultura a qual dissemos “não”. Ser batizados significa justamente, basicamente, um emancipar-se, um libertar-se desta cultura. Conhecemos também hoje um tipo de cultura no qual não conta a verdade; também se aparentemente se quer mostrar toda a verdade, conta somente a sensação e o espírito de calúnia e destruição. Uma cultura que não busca o bem, na qual o moralismo é, na realidade, uma máscara para confundir, criar confusão e destruição. Contra esta cultura, na qual a mentira se apresenta na veste da verdade e da informação, contra esta cultura que busca somente o bem-estar material e nega a Deus, dizemos “não”.
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